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Brinquedos do Tempo

Atualizado: 10 de out

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O tempo não avisa quando começa a passar. Ele simplesmente escorre — como água entre os dedos, como infância entre os brinquedos. Um dia, você está correndo descalço atrás de uma pipa no céu; no outro, está correndo atrás de boletos e prazos que não voam, mas pesam.

E no meio dessa correria, a gente brinca com as lembranças. Algumas são doces como bolo de vó, outras amargas como despedida em rodoviária. Mas todas, sem exceção, têm um papel: nos moldam. A memória é um espelho que não mente, embora às vezes embaçado pela saudade ou pela dor.

Tem gente que foge do passado como quem foge da chuva — achando que se molhar é fraqueza. Mas o passado é guarda-chuva e tempestade ao mesmo tempo. É nele que estão os erros que não queremos repetir e os acertos que esquecemos de valorizar. Conhecer o que fomos é entender o que podemos ser.

O futuro, esse ilustre desconhecido, não se constrói com promessas vazias, mas com

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tijolos de experiência. Quem ignora o ontem, tropeça no amanhã. E quem abraça a memória, mesmo a que dói, encontra nela um mapa — não para voltar, mas para seguir.

No fim das contas, o tempo não é inimigo. Ele é o palco onde dançam nossas histórias. Cabe a nós escolher se vamos apenas assistir ou se vamos dançar também — com os pés no presente, o olhar no futuro e o coração cheio de passado.

 
 
 

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