Muitas das tradições atuais são facilmente comparadas a rituais antigos, será mesmo apenas mera coincidência?
E se não for, por acaso poderia alguma denominação religiosa proibir que seja realizado um ato que purifica mentes, corações e quiçá até os espíritos humanos?
Caso isso aconteça infelizmente estamos recordando rituais pre iluministas onde a fé não permitia questionamentos e os punia com morte.
Vamos começar falando do Festival de Lupercália, na Roma antiga celebrado na data correspondente ao nosso 14 de fevereiro, o festival dos Lobos remetia algo com relação às origens mitológicas de Roma, com os irmãos Rômulo e Remo. Filhos de uma Sacerdotisa e um deus condenados a serem jogados em um rio, encontrados e amamentados por uma loba em uma caverna. Pois bem, sacerdotes eram escolhidos para a celebração neste dia, em um ritual com requintes bem estranhos entre eles, algo como saírem chicoteando as mulheres e os cidadãos sobre o pretexto de despertar a saúde e a fertilidade e nesta época meio que havia uma liberdade próxima ao festival do carnaval.
Enfim esse festival celebrando a fertilidade na certa contribuía para a formação de novos casais e famílias etc...
E o que isso tem em comum com os Valentins? Muito pouco, a não ser o fato de que a
data foi escolhida meio que a substituir este Ritual.
Vamos ver então, lá pelo século III a grande Roma precisava manter seu exército fortalecido nas batalhas e vinha encontrando problemas com jovens solteiros que após uma batalha retornavam, casavam se e por constituírem família passavam a temer a morte em batalha e já não lutavam com o mesmo afinco. Assim sendo, para solucionar o problema o Imperador proíbe a união de jovens em matrimonio.
Nessa época o Cristianismo já inserido em meio a Roma tinha seus representantes religiosos entre eles um Sacerdote que acreditava ser, o Amor uma força que não deveria ser impedida e assim, mesmo contra a vontade do império ele continuaria a celebrar a união entre os jovens em sua cidade.
Ao saber disso o império o castiga e condena a prisão levando uma multidão de jovens a se revoltarem e se manterem próximos a seu cativeiro lhe mandando cartas e mensagens de carinho e afeto eis que entre estes jovens uma Romana e filha de seu algoz lhe é apresentada e desperta sua paixão, ela porém sendo deficiente visual volta a enxergar ao conhecê-lo e ambos passam a trocar confidências, o que o leva a ser condenado a morte.
Antes de ser executado Valentim deixa um bilhete a moça declarando se como "Seu Valentim".
Termo que é utilizado até hoje nos bilhetes e cartões do Valentine's Day.
Um segundo Valentim também e celebrado neste dia, segundo se conta no mesmo século, havia um certo Bispo da Região de Terni, famoso por seus conselhos e facilidade na solução de conflitos. Em sua casa ele cultivava um belo jardim de rosas onde recebia os cidadãos, crianças e jovens. Segundo se conta, ao fim da tarde ele colhia uma rosa e dava a cada criança, pedindo que levasse para sua mãe garantindo que a criança retornaria a seu lar e fortalecendo os laços familiares.
Certo dia ele encontrou um casal jovem no jardim discutindo colheu uma rosa e aproximando se dos dois pediu-lhes que com cuidado segurassem a rosa juntos. Em seguida explicou que um relacionamento muito parecido com o que fizeram com a rosa e que é preciso ter cuidado para um não ferir o outro enquanto tenta não se ferir com os espinhos e se admira a beleza da flor.
Porem o bispo com sua facilidade de resolver situações acabou por converter nobres e filósofos da sociedade romana ao Cristianismo o que irritou o império e o levou a ser condenado a morte.
Porem estas historias apesar de reconhecidas pela igreja, trazem muito de tradição contada e não tem muitos registros.
Em muitos países é tradição se escrever um bilhete ou cartão de são Valentim, manifestando o carinho e amor por pessoas queridas, qualquer ato que seja capaz de manifestar estes sentimentos com certeza merece ser replicado e lembrado.
E ai gostou da historia? Conhece alguma divergência no que contamos aqui? Fique a Vontade para corrigir e comentar...
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