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Agora um poema XI: Rosa


Uma letra em forma de poema tão dócil e romântica que alegra ate os menos adeptos, a principio uma valsa apresentada por Pixinguinha e regravada por vários cantores mas sem perder seu lado belo:






Rosa


Tu és divina e graciosa Estátua majestosa Do amor, por Deus esculturada E formada com ardor Da alma da mais linda flor De mais ativo olor Que na vida é preferida Pelo beija-flor


Se Deus me fora tão clemente Aqui neste ambiente De luz, formada numa tela Deslumbrante e bela Teu coração, junto ao meu lanceado Pregado e crucificado Sobre a rósea cruz Do arfante peito teu


Tu és a forma ideal Estátua magistral Oh alma perenal Do meu primeiro amor, sublime amor Tu és de Deus a soberana flor

Tu és de Deus a criação Que em todo coração sepultas um amor O riso, a fé, a dor Em sândalos olentes Cheios de sabor Em vozes tão dolentes Como um sonho em flor

És láctea estrela És mãe da realeza És tudo enfim que tem de belo Em todo resplendor Da santa natureza


Perdão se ouso confessar-te Eu hei de sempre amar-te Oh flor, meu peito não resiste Oh meu Deus, o quanto é triste A incerteza de um amor

Que mais me faz penar em esperar Em conduzir-te um dia ao pé do altar Jurar aos pés do Onipotente Em preces comoventes

De dor, e receber A unção da tua gratidão Depois de remir meus desejos Em nuvens de beijos Hei de envolver-te até meu padecer De todo fenecer.


Pixinguinha

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