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Foto do escritorVira Versos

Agora um Poema VIII: Cancão do Exílio

Atualizado: 4 de jun. de 2020


Gonçalves Dias, ocupante da 15º Cadeira da Academia Brasileira de Letras, poeta, advogado, jornalista, etnógrafo e teatrólogo brasileiro que, nascido na Região de Caxias no Estado do Rio de Janeiro, trouxe grande luz ao inicio da nossa literatura. Apos longos anos estudando em Portugal escreve seu livro Primeiros Cantos, o qual Abre com este belo poema intitulado Cancão do Exílio, exaltando as belezas do Brasil. Seu belo verde as aves e outras características as quais lhe despertavam saudades e a vontade de retornar a sua terra Natal.

Fez parte do movimento literário Romantismo que exaltava nossos índios, nossas matas e nossas lendas com grande orgulho nacionalista, tal qual os movimentos europeus o faziam com suas características próprias.



Canção do Exílio


"Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá.


Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores.


Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.




Minha terra tem primores,

Que tais não encontro eu cá; Em cismar — sozinho, à noite — Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.


Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu’inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá."


(Gonçalves dias)

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