Pode parecer um tanto poético querer falar de uma utópica liberdade, mas é desta mesma utopia que foi possível fazer nascer sementes de uma nova interpretação e forma de pensar. Eis a História onde o homem foi capaz de escravizar o próprio homem, onde o que se passava a almejar era a possibilidade de viver suas tradições, suas religiões, manifestar seu pensamento, eis que a insurgência de alguns entre tantos lideres trazidos de povos distantes torna se um problema ao poder pois, tal qual Zumbi e outros que se levantaram torna-se possível desafiar a lógica de uma época com a criação dos Quilombos que ofereciam algo a mais do que o próprio poder governante era capaz de oferecer a uma parcela desconsiderada como população.
Era Zumbi portanto um libertador tal qual muitos dizem? Difícil descrever com uma logica filosófica uma figura como totalmente ética ou correta assim como tantos justificam os fins pelos meios. Haverá quem diga que a atual sociedade já não possui mais escravos e que portanto os filhos e netos atuais não podem ser responsabilizados pelos atos de seus avós muito menos que a sociedade não tem que se preocupar com as diferenças já que vivemos num Estado Laico, mas fato e que não se trata de ter dia da consciência negra ou não ou dia da confraternização universal ou não todo ano sabe se que ha pessoas passando por fome, necessidades básicas não atendidas, e sendo julgadas por estigmas desleais e enquanto houver desigualdade em qualquer canto que seja, se fara necessário sim o Assistencialismo, se fara necessário sim que alguém levante a voz e incite o povo a lutar a ir as igrejas praças e espaços políticos dar voz aos que são marginalizados dar ao menos o menor e mais importante dos direitos humanos o direito a dignidade de ser tratado como gente.
O preconceito existe sim, nega-lo e como querer esconder um monte atras de um planalto. Diminuir as barreira, ouvir e respeitar o outro e principalmente Dialogar são caminhos essenciais para que as futuras gerações sejam capazes de evitar os erros já cometidos tantas vezes no passado. Nao se trata de crer em utopias e muito menos criar um novo Palmares ou ser um Novo Zumbi. Trata-se sim de, ter uma consciência capaz de se expandir alem das fronteiras já pensadas e no dia a dia enxergar que ninguém é igual mas que todos tem os mesmos direitos perante o Universo.
Quem sabe assim seja então desnecessário se ter que pensar em qualquer tipo de cota, ou qualquer data pra celebrar uma consciência especifica e a única morte que sera celebrada, sera a morte dos Muros "Psicofilosoficos" que ainda isolam os seres humanos da possibilidade se sentir a dor e a alegria do outro.
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